quarta-feira, 4 de março de 2020

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

Celebração do 25 de Novembro na EB/JI do Porto Martins

No passado dia 25 de Novembro, celebrou-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, integrado na Campanha 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A UMAR Açores – Delegação da ilha Terceira celebrou esta data junto do/as aluno/as, docentes e auxiliares da EB/JI do Porto Martins com a realização de uma Hora de Conto. “A Árvore com Super Poderes” – de Letícia Leal e Cátia Branco – foi a história contada, através da qual reforçou-se, a importância da nossa liberdade, a vários níveis, principalmente entre meninos e meninas. Todo/as somos livres de sermos o que quisermos! Foi um momento de boa disposição, partilha e momentos musicais que deixou todo/as bastante animado/as.
No final do conto plantou-se a “Árvore com Super Poderes” que ficará ao cuidado do/as aluno/as da Escola.
Fica o nosso muito obrigado pela forma como nos receberam!
 
Hora de Conto “A Árvore com Super Poderes” na EB/JI do Porto Martins
 
Plantação da “Árvore com Super Poderes” na EB/JI do Porto Martins
 
Publicado na Página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 19 de Dezembro de 2019
 

“O Amor Não Dói” – Ato poético de cura através do som

Dia Internacional
pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres
 
Microfone de contato
 
A 23 de Novembro, antecipando o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de Novembro), realizou-se na UMAR Açores - Delegação da ilha Terceira um encontro para Mulheres integrado na Campanha  16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, intitulado "O Amor não Dói".
 
Esta iniciativa foi dinamizada por Úrsula Bravo, feminista e ativista espanhola que se encontra na ilha por motivos académicos.
 
O amor não dói, é um ato poético de cura através do som, é uma terapia realizada com pedaços de histórias distorcidas através de um microfone de contato.
O microfone de contato é uma ferramenta que amplifica as vibrações superficiais de diferentes áreas do corpo através da eletricidade, aquelas que foram debilitadas, que têm cicatrizes, que falam por si mesmas, mas numa linguagem de silêncio que traduzem as nossas experiências, as que estão em segredo connosco.
 
Esta forma de terapia propõe ampliar o que é silenciado no espaço público e tornar comum o estabelecimento de debates e reações nas ruas, porque a violência recebida ainda é um tabu.
 
"Neste dia, começamos por trazer à tona as nossas histórias de vida, entre nós, tentando estabelecer a construção de uma rede de suporte para podermos reconhecer-nos no futuro como um anel de apoio. Deixamos escapar as histórias tristes, sem julgamentos. Depois existiram diferentes fases expressivas, nas quais as palavras foram libertas da dor para obter liberdade do que afoga o nosso corpo emocional e é, constantemente, silenciado. Em conjunto foi composta uma amostra de ruído através de ressonâncias de fala e dor.
Seguidamente, colocamos o amplificador com a peça sonora em direção à rua e deixamos ressoar para o espaço público, como um ato de visibilidade da escuta e ao mesmo tempo misterioso, para suscitar curiosidade nas pessoas para o que estava a acontecer. Um canto antigo de bruxas a mães, avós, filhas, a nós.”
 
Publicado na Página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 19 de Dezembro de 2019