Discussão
reflexiva com Ana Arroz e público presente
No passado dia 29 de Março a
delegação da UMAR Açores na ilha Terceira teve lotação esgotada para assistir
ao filme “Je ne suis pas un homme facile”
(Eu não sou um homem fácil) de Eléonore Pourriat (2018) assinalando assim a
décima terceira Noite da Igualdade.
Com a moderação da convidada
Ana Arroz (psicóloga educacional e docente na Universidade dos Açores), a quem
aproveitamos a oportunidade para agradecer a colaboração, foram discutidos alguns
tópicos alusivos ao tema do filme, mais precisamente a (des)igualdade de
género.
No mundo de Damien (interpretado por Vicent Elbaz)
os homens são a supremacia na maioria dos locais que frequentam, desde bares
até ao próprio local de trabalho. Este sente-se capaz de provocar, dizer e até
de certo modo constranger qualquer mulher que lhe chame a atenção. É quando
conhece Alexandra Lamour (interpretada
pela atriz Marie-Sophie Ferdane) que tudo muda. Para Alexandra são as mulheres que têm o domínio da maioria das
atividades quotidianas de forma a garantirem o sustento dos homens por serem um
sexo mais fraco.
Nesta obra de Eléonore
Pourriat é possível ver de forma nítida os comportamentos estereotipados que
existem nas sociedades do século XXI para ambos os sexos e faz-nos refletir
claramente sobre o papel que cada um de nós, enquanto homens e mulheres,
devemos ter para combater e alterar ações que são habituais nos meios em que vivemos.
Estes foram alguns dos
tópicos abordados na discussão reflexiva que se seguiu à projeção do filme.
Desde questões políticas até pontos de vista e formas de encarar algumas
problemáticas associadas à desigualdade de género, muitos foram os prós e
contras enumerados e que futuramente serão enfrentados pelas gerações
vindouras.
Naturalmente, todo o público
presente concordou que cada vez mais estas alterações devem procurar ser enraizadas
na educação das gerações mais novas.
Enquanto for “normal”,
apenas por ser homem, ganhar-se cerca de 18% a mais de salário do que qualquer
mulher que exerça as mesmas funções, enquanto as meninas aprendem a cuidar das
casas entre muitas outras “funções das raparigas” e os rapazes brincam,
enquanto “o lugar da mulher for a cozinha e o do homem o sofá”, sempre que o
rosa for “apenas para meninas e o azul para meninos”… Muito trabalho há a fazer
na nossa sociedade presente e futura!
Será muito importante educar
crianças e jovens para a partilha! Partilha de papéis e de funções em qualquer contexto
onde se insiram. Todos somos capazes de desenvolver qualquer tarefa ou trabalho
desde que aprendamos e sejamos instruídos.
Como já diziam os mais
velhos “é de pequenino que se torce o pepino”.
É
de pequenino que se aprende a viver em igualdade!
Publicado na Página
IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular de 30 de Abril de 2019
Sem comentários:
Enviar um comentário