"A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca."
(Antoine De Saint Exupery )
Com formação na área do ensino (1º Ciclo), a professora Maria Alice Costa Silveira, teve sempre o “bichinho da actividade física” portanto, quando surgiu a oportunidade de realizar uma formação na área de Educação Física, não hesitou, tendo leccionado nessa área até 2006.
Para além do ensino, esteve sempre ligada à actividade física através de diferentes modalidades desportivas, pois, foi sempre uma área que a “fascinou”, confessa. Foi jogadora da 1ª equipa de basquetebol feminino do Lusitânia e integrou numa equipa açoriana que participou nos famosos Jogos Sem Fronteiras, uma experiência que descreve como “fantástica”. Mais tarde, entrou no mundo da patinagem de velocidade onde, foi treinadora, durante 7 anos, assim como seleccionadora nacional, durante uma época desportiva, outra experiência que a marcou pela positiva.
Desde 13 de Dezembro de 2005, é presidente da APACDPV – Associação de Pais e Amigos da Criança com Deficiência da Praia da Vitória, uma área com a qual nunca havia tido anteriormente, um contacto directo, mas afirma que “tem sido um desafio muito interessante”. O CAO – Centro de Actividades Ocupacionais da APACDPV, situa-se numa antiga escola primária nas Amoreiras – Santa Rita. Esta foi totalmente adaptada e reformulada, em equipamentos e na sua estrutura, estando o espaço “fantástico, muito acolhedor e simpático”, onde se realizam inúmeras actividades. No entanto, revela que há a “necessidade de aumentar para dar cobertura a outros utentes que estão em casa”, por este motivo, de momento, a direcção está a caminhar num novo projecto, o de “crescimento”.
“Toda a gente tem a ideia de que um deficiente não é capaz de fazer nada e ver o crescimento e ver as capacidades destes utentes a fazerem coisas extraordinárias e a progredirem tem sido uma experiência muito gratificante”, afirma. Confessa que por vezes acaba por se esquecer do tempo e ficar por lá todo o dia, pois “eles contagiam-nos”, “é mesmo viciante”. Na sua perspectiva, considera que ainda há muita discriminação por parte da sociedade para com esta população. Por vezes, nota “quase que uma repulsa e aquele género do coitadinho”, atitudes estas que a incomodam bastante. Põe esta razão, convida a todos a irem conhecer “as actividades deles, o bem-estar que nos conseguem proporcionar”. Apela à sensibilidade dos cidadãos dizendo que “as pessoas não têm que ter pena, esse sentimento não faz bem a ninguém”, pelo contrário “convivam com eles, falem com eles que eles irão responder-vos, eles adoram”.
De salientar, que as actividades e os eventos em que participam os/as utentes da APACDPV são publicados mensalmente, no jornal “O Amigo”. ”Eles têm imensas actividades, temos muito bom acompanhamento e estão muitíssimos bem, felizes da vida”. Sente que existe uma grande união entre todos. Para além disso, para esta direcção, é muito gratificante o reconhecimento dos pais pelo “bom trabalho que se tem feito”, devido, principalmente, à “equipa fantástica” que trabalha com os/as utentes, fazendo com que todos gostem do trabalho que realizam e “sinceramente, acho que eles merecem que as pessoas se dediquem a que este trabalho tenha sido feito”.
Como pessoa dinâmica e humanitária que é, o seu desejo de dar de si ao outro não poderia ficar por aqui. Para além deste trabalho, a professora dedica-se também ao voluntariado, há aproximadamente 4 anos. Às Segundas e Quartas-feiras, faz voluntariado na Academia da 3ª Idade, na Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, com aulas de psicomotricidade. Nunca havia trabalhado com este tipo de população e descreve a experiência como sendo “formidável”. É uma aula muito movimentada “quer física, quer mental, quer socialmente”, em que se conversa sobre tudo, “nós partilhamos as dores, as alegrias, é um grupo extraordinário e o bem que esta academia traz às pessoas que a frequentam”. Convidada pela Liga dos Amigos do Hospital, faz também voluntariado às Quintas-feiras na urgência do Hospital de Angra do Heroísmo, “outra experiência magnífica”.
Para esta ser voluntária “é ter tempo disponível! Há quem precise de nós? Vamos!”. Apesar de achar que existem muitas pessoas a fazer voluntariado, considera que a sociedade ainda tem de ser “mais solidária”, visto que “se todos nós dermos um bocadinho, a sociedade fica menos agressiva, menos violenta, e eu acho que faz bem quer a quem recebe, quer a quem dá”, é uma questão de “pensar um bocadinho nos outros, às vezes somos um bocadinho egoístas”, mas se as pessoas experimentarem “vão ver o resultado desse impulso e vão ver como depois sentem vontade de fazer mais alguma coisa”.
Em tom de curiosidade, quisemos saber o que a motiva para se dedicar tanto ao voluntariado. Não nos soube dizer! Segundo ela não costuma pensar nisso, “é necessário, eu tenho disponibilidade, vou, sem pensar na motivação, sem pensar no porquê de… não sei”. Após a reforma sentiu a necessidade de continuar a trabalhar e a dar de si. Foi à procura e descobriu a possibilidade de realizar voluntariado nestas áreas e agarrou a oportunidade. Diz, sentir-se “feliz, gosto muito” é uma sensação “extraordinária”.
Caros/as leitores/as, considero que um testemunho como este nos levará a todos à reflexão. O desejo genuíno de ser útil a quem, por vezes, já nada mais possui senão a boa vontade de um estranho, poderá ser um passo para tornar a nossa sociedade mais humana e menos materialista.
Carla Garcia
Publicado na Página Igualdade XXI do Jornal Diário Insular de 5 de Junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Destaque do Mês de Maio de 2010
Associação Cristã da Mocidade recebe Programa de Educação Afectivo – Sexual promovido pela UMAR

A UMAR Açores, Delegação da Terceira, enquanto entidade gestora do CIPA – Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Políticas de Igualdade, labuta, sobretudo, pela promoção da igualdade de oportunidades dos grupos mais vulneráveis socialmente. Sempre com vista a fomentar a igualdade de género na comunidade, este ano, 2010, a Associação tem vindo a alargar as suas intervenções às seguintes populações: pessoas com necessidades especiais, minorias étnicas e sexuais.
Assim sendo, entre os dias 12 e 29 de Abril, implementou-se, na Associação Cristã da Mocidade da Ilha Terceira, o Programa de Educação Afectivo – Sexual. Este abrangeu um universo de 16 utentes, com idades compreendidas entre os 23 e 46 anos. Os objectivos prenderam-se, sobretudo, com a promoção da autonomia e da responsabilização; para que uma vivência mais realista e positiva da sexualidade seja, efectivamente, possível.
Publicado na Página Igualdade XXI do Jornal Diário Insular de 5 de Junho de 2010
AGRADECIMENTO
- Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social – Direcção Regional da Igualdade de Oportunidades;
- Secretaria Regional da Agricultura e Florestas - Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário;
- Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos;
- Filarmónica Recreio de Santa Bárbara;
- Cartor Construções;
- Copitu Publicidade;
- Antena 1 Açores;
- Escola Profissional da Praia da Vitória;
- Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, em especial aos bombeiros Mário Costa e Jorge Silva;
- Santa Casa da Misericórdia dos Altares;
- Culturangra – Entidade Empresarial Municipal;
- Restaurante “A Africana”;
- Grupo de Expressão Corporal da ACM (Associação Cristã da Mocidade);
- Grupo de Hip Hop Manos da Casa de Saúde de S. Rafael;
- Grupo de Dança Funaná da AIPA (Associação dos Imigrantes nos Açores);
- Tuna Académica Sons do Mar;
- Luís Gil Bettencourt e a sua banda.
A tod@s @s parceir@s:
ACM – Associação Cristã da Mocidade;
AIPA - Associação dos Imigrantes nos Açores;
AMPA / IT – Associação de Mulheres de Pescadores e Armadores da Ilha Terceira;
APACDAH – Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente de Angra do Heroísmo;
APACDPV – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Deficiência da Praia da
Vitória;
APDAH – Associação Portuguesa de Deficientes de Angra do Heroísmo;
APF – Associação para o Planeamento da Família;
CSES – Casa de Saúde do Espírito Santo;
CSSR – Casa de Saúde de S. Rafael;
DRC – Direcção Regional das Comunidades;
RAICSES / MR – Rede de Apoio Integrado ao Cidadão em Situação de Exclusão Social / Mulher em Risco;
Grupo “Liberdade e Igualdade” – Ana, Miriam e Patrícia, alunas da Turma 12ºE da Escola Secundária Vitorino Nemésio;
Grupo “Free Hugs” – Mariana, Maria e Maithé, alunas da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade.
Muito obrigado e bem-hajam!
Publicado na Página Igualdade XXI do Jornal Diário Insular de 5 de Junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Imagens FEIRA VIVA À DIVERSIDADE
Labirinto Sensorial
Mostra Gastronómica - Ucrânia
Abraços Grátis (Free Hugs...)
UMAR Açores/Cipa + APF + Par Inter Pares Igualdade
Direcção Regional das Comunidades
Instituto São João de Deus - Casa de Saúde de São Rafael
Ass. de Pais e Amigos da Criança com Deficiência da Praia da Vitória + Ass. Portuguesa de Deficientes
Espaço de Snoezelen - Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente de Angra do Heroísmo
Mostra Gastronómica - Guiné e Cabo Verde
Rede de Apoio Integrado ao Cidadão em Situação de Exclusão Social / Mulher em Risco
Casa de Saúde do Espírito Santo
Associação de Mulheres de Pescadores e Armadores da Ilha Terceira
Grupo de Expressão Corporal - Associação Cristã da Mocidade
Grupo de Expressão Corporal - Associação Cristã da Mocidade
Ténis de mesa em cadeira de rodas
Demonstração de Boccia - Casa de Saúde do Espírito Santo + Casa de Saúde de São Rafael
Hip Hop MANOS - Casa de Saúde de São Rafael
Funáná - Grupo de Dança da AIPA - Associação dos Imigrantes nos Açores
Tuna Académica Sons do Mar - Universidade dos Açores
Luís Gil Bettencourt & Amigos