O que se há-de
pensar quando se vê que tudo o que sempre vivemos se está a desmoronar?
Chorar,
desesperar, gritar ou sorrir e seguir em frente?
Primeiro
pensamos no porquê de tudo isto nos acontecer, será que a culpa é nossa?
Mas então,
porquê tantas perguntas?
A separação
das pessoas que mais amamos dói muito, não há nada neste mundo que doa mais e o
pior é que nada poder reparar o nosso coração despedaçado.
Falo por
experiência própria, a separação dos meus pais foi a coisa mais horrível porque
já passei.
Ninguém merece
esse sofrimento, nem sequer o meu maior inimigo.
O desespero é
o pior nesta situação, ficamos perdidos sem saber o que fazer e como ajudar.
E digo já que
um sorriso e uma palavra de apoio é a coisa mais simples e bonita que se pode
oferecer a alguém nesta situação.
Na minha
opinião, que é irrelevante para a sociedade de hoje em dia, os filhos de quem
se separa são os mais prejudicados.
Tudo o que
acontece fica gravado nas suas mentes e de lá não sai.
Tudo é difícil
de esquecer e ainda mais difícil de suportar.
Resumindo e
concluindo, o que eu quero expressar é que os filhos de quem se separa sofrem e
muitas das vezes não voltam a ser as mesmas pessoas que eram.
Algo que
gostava que se recordassem é que antigamente as pessoas eram ensinadas a
reparar o que se partia, hoje em dia, simplesmente atiram-no para o caixote do
lixo.
O amor é
precioso e não merece ser desperdiçado à mínima dificuldade.
A separação
dos nossos pais é algo difícil, sem dúvida, mas com ajuda e muito amor, toda
essa desilusão poder ser superada, basta acreditarmos em nós e termos força de
vontade!
E apesar do
que sofremos tanto eu, como a minha mãe, como o meu irmão estamos muito melhor
e muito mais felizes.
Como se
costuma dizer “há males que vêm por bem”.
E no meu caso,
os meus pais separaram-se porque a minha mãe era vítima de violência doméstica,
portanto, esta foi a única solução.
Filha
de Utente da UMAR Açores – 13 anos
Publicado na página IGUALDADE
XXI no Jornal Diário Insular de 4 de Junho de 2014
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