Os registos do
Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR mostram que, entre 1 de Janeiro e
30 de Novembro de 2014, ocorreram 40 femicídios e 42 na forma tentada em
relações de intimidade presentes e passadas e ainda em contexto de relações
familiares privilegiadas.
‘16 Dias de
Activismo contra a Violência de Género’, é o tema de uma campanha
internacional, iniciada em 1991, que se realiza, em mais de 140 países, entre
os dias 25 de Novembro – Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra
as Mulheres e o dia 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Em
Portugal muitos grupos e várias associações promovem iniciativas para denunciar
a violência contra as mulheres e sensibilizar as populações para este combate.
O relatório anual
de monitorização ‘Violência Doméstica 2013’, publicado pela Direcção Geral de
Administração Interna, revela que só no primeiro semestre de 2014 foram registadas
13.071 participações de violência doméstica pelas forças de segurança e que
comparativamente ao período homólogo de 2013 verificaram-se mais 291
participações.
Os progressos
legislativos e a aplicação da lei não têm sido suficientes para travar os assassinos.
O maior conhecimento científico e a produção académica, quer no âmbito da
criminologia, quer no âmbito dos estudos das mulheres, avançam pistas que
informam os poderes públicos. Mas também não bastam. Precisamos de um movimento
popular que nas ruas denuncie a violência e exija justiça para as mulheres. A
violência de género não é uma questão só das mulheres. A sociedade precisa de
se insurgir contra a violência de género em defesa da justiça, da paz e da
igualdade.
Fonte: artigo de Ana Cansado publicado
em esquerda.net
Publicado na página IGUALDADE XXI no Jornal Diário Insular
de 12 de Dezembro de 2014
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