quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Destaque do Mês de Janeiro de 2013

Cláudia Sousa “ Esponja” – A Jardineira de serviço

 
 
“Os espaços verdes urbanos desempenham um papel fundamental na qualidade de vida das populações, uma vez que, constituem um elemento essencial para o equilíbrio ecológico e saudável do meio urbano.
A preservação e conservação destes espaços é da responsabilidade de toda a população, é essencial o desenvolvimento de comportamentos ambientalmente correctos e respeito por todos os espaços verdes assim como pela própria cidade.”
IN:  http://www.fagar.pt
Cláudia de Fátima Ribeiro Sousa, mais conhecida por “Esponja” tem 32 anos e é natural da Praia da Vitória. Há seis anos que exerce uma das profissões que mais requinte deixa ao concelho da Praia da Vitória. Esponja é a única mulher jardineira nos quadros da Câmara Municipal da Praia da Vitória.
Foi aos 21 anos que descobriu o seu talento para a jardinagem e, através do fundo de desemprego, ingressou na Escola Profissional da Praia da Vitória, com intuito de concluir o 9º ano de escolaridade, através do curso de operador/a de floricultura. Foi assim que descobriu o amor à “enxada”.
Durante dois anos lutou muito para encontrar o seu espaço no mundo do trabalho. Trabalhou num hipermercado local durante um curto período de tempo, mas sabia que só iria sentir-se realizada, quando encontrasse um emprego na área em que agora, mais do que nunca, não pára de a cativar, a jardinagem em espaços públicos.
Os seus objectivos pessoais concretizaram-se através da sua admissão na Câmara Municipal. Reforça que faz aquilo que mais gosta e desempenha a sua actividade com muito orgulho, “não escolheria outra profissão”.
“Quando era pequena não me imaginava a trabalhar como jardineira“ sendo que agora não se imagina a fazer outra coisa. Durante a entrevista fui percebendo que a Cláudia realmente gosta muito do que faz e sente que o seu trabalho é indispensável para o Município da Praia da Vitória. Contudo, por vezes sente-se indignada pelo facto de algumas pessoas não respeitarem os espaços verdes da cidade, chegando ao ponto de destruir o trabalho realizado pelo/as jardineiro/as. Por vezes “acaba por ser desmotivante, ver o nosso trabalho destruído da noite para o dia”. Apela por isso ao bom senso de todos os munícipes para que desfrutem dos espaços verdes sem os destruírem.
Sendo a única mulher a exercer o trabalho e a profissão de jardineira “ torna-se um desafio, e ao mesmo tempo uma responsabilidade, pois considero-me uma representante do sexo feminino num meio maioritariamente masculino”.
Quando questionada, se alguma vez sentiu que no exercício da sua profissão não lhe era dada a devida credibilidade por ser mulher, respondeu que não, “sou respeitada pelos meus colegas, chefes e patrões. Durante os quase seis anos que trabalho na Câmara Municipal, sempre me dei bem com todos eles, respeitam-me a mim e ao meu trabalho. Não sinto qualquer tipo de discriminação, nem o meu trabalho é desvalorizado pelo facto de ser mulher, nem pelos colegas nem pelo público em geral”.
No decurso de uma longa conversa, fomos discutindo a temática da desigualdade de género, sublinhado o mercado de trabalho, como principal sistema onde essa desigualdade se manifesta.
Cláudia afirma a importância da existência de associações como a UMAR Açores, que ao longo dos tempos têm vindo a desenvolver projectos que combatem essa desigualdade observável entre homens e mulheres. Sublinhou que é “graças a associações como essas”, que “nós mulheres temos vindo a progredir e a usufruir dos nossos direitos ao longo dos tempos”.
Por fim, e de um modo abrangente, perguntámos-lhe se gosta de ser mulher, apesar de toda a discrepância ainda existente entre ambos os sexos. Confidenciou-nos que “sim, adoro ser mulher, tem muitas vantagens, a maior delas é o facto de poder dar à luz, ser mãe, algo que não está por enquanto nos meus planos. Eu adoro crianças, mas infelizmente a crise que atravessamos, não me permite começar já uma família, por isso, esse grande acontecimento vai ter que esperar mais um bocado”.
 
Sara Ataíde (Educadora Social)
 
Publicado na página Igualdade XXI no jornal Diário Insular de 30 de Janeiro de 2013
 

Volta à Ilha pela Igualdade

Novo projecto da UMAR Açores

 
Imagem de Sara Ataíde

 
Sensibilizar, informar e apoiar é o lema que ilustra quais os principais objectivos deste novo projecto da UMAR Açores enquanto entidade gestora do CIPA – Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Políticas de Igualdade.
Com uma equipa técnica constituída por uma psicóloga, um sociólogo, uma jurista e uma educadora social a associação estará presente nas trinta freguesias da ilha Terceira.
Privilegiando o contacto directo com a população, de uma forma informal, serão distribuídos panfletos e cartazes com informações úteis no que aos serviços de apoio à vítima de violência doméstica diz respeito.
No final do mês de Janeiro as freguesias abrangidas serão São Mateus e Terra Chã do concelho de Angra do Heroísmo
No âmbito deste projecto, a equipa técnica está disponível para a realização de sessões de sensibilização em parceria com as Juntas de Freguesia, associações culturais e recreativas ou colectividades que desejarem. Para solicitações poderão entrar em contacto com a nossa delegação na ilha Terceira através do telefone 295 217 860, telemóvel 968687479 ou e-mail umarterceira@gmail.com.
 
Publicado na página Igualdade XXI no jornal Diário Insular de 30 de Janeiro de 2013
 

UMAR Açores assinala Dia de São Valentim

A 14 de Fevereiro

 
 
No âmbito do plano de actividade da associação para o ano de 2013 e a convite das Escolas, Básica Integrada de Angra do Heroísmo e Secundária Vitorino Nemésio na Praia da Vitória, a equipa técnica da UMAR Açores realizará um conjunto de acções de prevenção da violência no namoro, no próximo dia 14 de Fevereiro, dia de São Valentim também conhecido como dia do/as namorado/as.

Para além do trabalho que á realizado ao longo de todo o ano lectivo, com o objectivo de prevenir esta realidade reforçando comportamentos e atitudes saudáveis, pretende-se desconstruir estereótipos e crenças que associam amor com violência e perpetuam desigualdades de género, promovendo valores como a igualdade e o respeito mútuo na relação.

Publicado na página Igualdade XXI no jornal Diário Insular de 30 de Janeiro de 2013