A delegação da ilha Terceira da Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres (UMAR) e o Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Políticas de Igualdade (CIPA) pretende organizar uma feira que irá reunir instituições de diferentes áreas sociais, nomeadamente deficiência, minorias sexuais, étnicas e culturais.
Sensibilizar para o combate da discriminação é o objectivo dessa proposta de acção comunitária a realizar provavelmente no mês de Maio.
As acções serão muitas e diversas, todas com o propósito de fomentar o convívio entre a população de maior vulnerabilidade social e a sociedade civil – venda de artesanato, projecção de vídeos temáticos, debates e prática desportiva em cadeira de rodas são algumas das actividades propostas a desenvolver no âmbito da Feira “Viva à Diversidade”.
Organizado pela delegação da ilha Terceira da Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres (UMAR) e o Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Políticas de Igualdade (CIPA), com o apoio da Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social através da Direcção Regional da Igualdade de Oportunidades e autarquia de Angra do Heroísmo, o evento irá ter como parceiros organismos locais de intervenção em áreas sociais como deficiência, orientação sexual, etnia/idade, género e imigração.
Está prevista ainda a realização de uma mostra gastronómica com demonstração de confecção de pratos típicos de países estrangeiros – Índia, Bangladesh, Brasil, Cabo Verde, Guiné e Ucrânia serão as nacionalidades representadas nessa iniciativa que terá lugar no recinto da Feira Agrícola, na Vinha Brava, em Angra do Heroísmo, provavelmente na segunda quinzena do próximo mês de Maio.
“É uma realidade que existe na nossa sociedade e temos que viver e trabalhar com ela, tendo em conta que existem pessoas com essas problemáticas, desde comunidade imigrante a portadores de deficiência”, defendem os técnicos responsáveis pelo projecto em declarações ao nosso jornal.
“Pretendemos ter um stand informativo para cada área de modo a que cada uma das associações representadas possam expor o trabalho que têm vindo a desenvolver”, acrescentam.
Considerando de máxima importância a participação da sociedade civil no acontecimento festivo, os técnicos destacam também a simulação de um espaço de ‘snoezelen’ para “promover experiências sensoriais agradáveis que permitam aos cidadãos estabelecer um laço afectivo/relacional positivo com os grupos e as temáticas em questão”.
“A ideia é interagir com a sociedade civil e sensibilizar as pessoas”, reforçam.
O programa integra animação musical com actuações de grupos locais e estrangeiros, actuação de um bailinho de Carnaval e ainda de um grupo de expressão corporal.
Abordar realidades através do teatro
Entretanto, a delegação da ilha Terceira da Associação para a Igualdade e Direitos das Mulheres (UMAR) e o Centro de Informação, Promoção e Acompanhamento de Políticas de Igualdade (CIPA) promove uma intervenção social e cultural através do teatro no âmbito do plano de actividades 2010.
A peça de teatro intitulada “Medo de Mim…Pavor dos Outros”, organizada em parceria com a Associação Cultural Burra de Milho e Grupo de Teatro Orpheu 2ª Geração, da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, aborda questões relativas à desigualdade de género e violência sobre as mulheres.
“Sensibilizar os jovens e o público em geral para uma questão que começa a ser bastante falada, estudada e batida – a violência doméstica. Há que alertar para este fenómeno crescente – pelo menos na parte da denúncia”, segundo descreve o objectivo geral do trabalho previsto a estrear no dia 8 de Maio na Sociedade Recreativa das Quatro Ribeiras.
“Há uma preocupação para referir a violência no namoro que atinge a faixa etária da adolescência – em vez de haver uma construção de afectos verificamos a edificação de uma espiral de violência e subordinação de um Eu face a um Outro prepotente e dominador”, continua.
Para além da freguesia das Quatro Ribeiras, a peça de teatro “Medo de Mim…Pavor dos Outros” terá apresentação nos dias 21, 22, 28 e 29 de Maio, na Carmina Galeria (Feteira), Sociedade Recreativa Sebastianense, Teatro Angrense e Sociedade Filarmónica das Doze Ribeiras, respectivamente. No dia 5 de Junho a mesma peça subirá ao palco da Sociedade Progresso Lajense (Sociedade Nova).
Contando com a interpretação de duas dezenas de jovens estudantes, o projecto tem a assinatura de Teresa Valadão (guião); Rodrigo Rodrigues (coreografia); Raquel Bilro (assistente de cena); André Pires (multimédia); Tiago Fraga (sonoplastia); Fernando Alves (luminotecnia); e Grupo (guarda-roupa e cenografia).
Sónia Bettencourt
Fonte: http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=19352
domingo, 21 de março de 2010
Feira reúne organismos sociais para combater discriminação
INICIATIVA DA UMAR/ CIPA
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