Integrada nas iniciativas a realizar pela UMAR Açores (Associação para a
Igualdade e Direitos das Mulheres) / CIPA (Centro de Informação, Promoção e
Acompanhamento de Politicas de Igualdade), no âmbito da Marcha Mundial de
Mulheres (MMM), a Delegação da Ilha Terceira vai lançar ao mar seis garrafas de
vidro com uma mensagem relativa a este movimento de mulheres que tem uma
expressão mundial. Pretende-se, com um gesto simbólico, divulgar a missão da
MMM e fazer chegar, quem sabe, a outro(s) país(es) esta mensagem. A iniciativa
tem lugar no dia 10 de Dezembro, dia Internacional dos Direitos Humanos, entre
as 12h e as 13h, em vários miradouros da Ilha. Na mensagem (escrita em
português e inglês), além da referência feita à MMM e aos seus princípios, são
dadas algumas indicações como o contacto da UMAR Açores e a intenção de que
seja criada uma cadeia, ou seja, quem encontrar a mensagem deverá informar a
Associação e lançá-la novamente de modo a que esta continue o seu
percurso.
Nós, as mulheres, há muito tempo marchamos para
denunciar e exigir o fim da opressão que vivemos por sermos mulheres e, para
afirmar que a dominação, a exploração, o egoísmo e a busca desenfreada do lucro
produzem injustiças, guerras, ocupações, violências e devem acabar.
Estamos construindo um mundo no qual a
diversidade é uma virtude; tanto a individualidade como a coletividade são
fontes de crescimento; onde as relações fluem sem barreiras; onde a palavra, o
canto e os sonhos florescem. Esse mundo considera a pessoa humana como uma das
riquezas mais preciosas. Um mundo no qual reinam a igualdade, a liberdade, a
solidariedade, a justiça e a paz. Este mundo nós somos capazes de criar.
Constituímos mais da metade da humanidade. Damos a vida, trabalhamos, amamos,
criamos, militamos, nos divertimos. Garantimos atualmente a maior parte das
tarefas essenciais para a vida e a continuidade da humanidade. No entanto,
nessa sociedade continuamos sendo oprimidas.
A Marcha Mundial das Mulheres, da qual fazemos
parte, identifica o patriarcado como sistema de opressão das mulheres e o
capitalismo como sistema de exploração de uma imensa maioria de mulheres e
homens por parte de uma minoria.
Esses sistemas se reforçam mutuamente. Eles se enraízam e se
conjugam com o racismo, o sexismo, a misoginia, a xenofobia, a homofobia, o
colonialismo, o imperialismo, o escravismo e o trabalho forçado. Constituem a
base dos fundamentalismos e integrismos que impedem às mulheres e aos homens
serem livres. Geram pobreza, exclusão, violam os direitos dos seres humanos,
particularmente os das mulheres, e põem a humanidade e o planeta em perigo.
Nós rejeitamos esse mundo!
Propomos construir outro mundo, onde a exploração, a opressão, a
intolerância e as exclusões não existam mais; onde a integridade, a
diversidade, os direitos e liberdades de todas e todos são RESPEITADOS.
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